A Voz do Segundo Logos (o Cristo Cósmico) é doce como o mel e meiga como o Amor-Sabedoria que lhe é próprio. Sendo Ele, Retro-Trono, o Raio Primordial de toda a Evolução no nosso Universo, logo o Amor-Sabedoria é a alavanca charneira do verdadeiro desenvolvimento do Homem, tendo como consequência primaz a Concórdia Universal dos Povos, que é dizer, a Fraternidade Universal.

Para alcançar tamanho desiderato de maneira à Utopia vencer a Distopia, a Sinarquia ganhar à Anarquia, certamente não será através dos interesses personalísticos provocando conflitos entre povos, instituições e pessoas, do plural ao singular, seja na religião, na política, na ciência ou em qualquer outra área, não juntando forças colectivas mas impondo forças singulares ao colectivo, cujo resultado inevitavelmente é de lesa-evolução.

É necessário e até premente que vibre no imo das consciências o tom melodioso do Segundo Logos a fim de, em boa e justa verdade, haver Harmonia Universal em tudo e em todos, ou melhor, tudo e todos serem envolvidos por essa mesma Lei. Sem ela não há Evolução verdadeira, que tanto vale pela transformação da Vida-Energia (Jiva) em Vida-Consciência (Jivatmã), esta mesma como Partícula individualizada da Consciência Total ou Atmã Universal.

Enfim, voto sinceramente que os homens de todas as latitudes mentais e geográficas se unam, e a tanto estão destinados como necessidade cada vez mais manifesta sob o impulso da Dor que o Karma pessoal e colectivo lhes inflige; sejam os espiritualistas (independentemente de crenças, religiões e filosofias) os primeiros a dar o exemplo tomando a vanguarda cultural e espiritual dos povos, todos se tornando dignos do Império do Espírito Santo urgido na alvorada esplendorosa do ciclo de Aquarius – 2005, marcando o dealbar do Dia Santo de Maitreya, o Cristo Universal, inflectindo primeiro nas consciências e após flectindo em presença.

Essa é a Vitória da Obra de Deus conduzida à eminência da realização pelos Obreiros do Grande Ocidente, particularmente os esforçados Assuras e Makaras humanos sintrianos, esses do “Pico do Graal”, a “Coroa” ou Kether que é a Sintra mesma no Sistema Geográfico Internacional, pois está sob a égide planetária de Júpiter em Sagitário, o Arqueiro celeste arremessando as suas flechas de fogo púrpura sobre o Mundo desde aqui, ou seja, como Atmã Universal envia os Atmãs individuais à manifestação no Mundo das Formas. Assim se leva avante o Desígnio Divino para a Nova Era de Promissão.

É necessário que todos se unam, que haja, verdadeiramente, Concórdia Universal! Esta é o fruto bendito do Amor-Sabedoria, a Vox Dei que ressoa no imo das consciências, na qual tudo vibra, pela qual tudo evolui.

Como atributo do 2.º Raio Primordial, o Amor-Sabedoria não contém a maliciosa censura destrutiva e sim a capacidade de crítica construtiva, esta como a maior e mais poderosa tribuna de análise, síntese e apuração ou transformação de que dispõe o pensamento humano para a sua própria evolução. Posto isto, pondo à cabeça de tudo a aceitação e respeito que merecem as diferenças ideológicas do próximo, passo ao que se segue.

Esse esquema remete para o Kumara que é a Essência Divina do Makara que, por sua vez, é a Essência Superior do Munindra, que paulatinamente se vão integrando até à plenitude da manifestação visível e tangível. A este processo chama-se Avatarização, que para acontecer no Munindra implica permanente disciplina e vigilância dos sentidos, “olhos e ouvidos alerta”, com o resultado da mais ampla abertura do campo de consciência, que o levará a apreender em si mesmo a Centelha Espiritual individualizada, Jivatmã, como Partícula do Espírito Universal, Atmã, e assim se tornar Uno com o Absoluto, para sempre matando a morte e superando todas e quaisquer limitações que só os sentidos embotados impõem. A isto chama-se Metástase, portanto, Metástase Avatárica.

Será por isso que se pode ler no Vivekachudamani (“O Diadema da Sabedoria”), versículo 323, de Shankaracharya: “Permanecendo firme no Eterno, não permita o discípulo em qualquer tempo a perda do autocontrole, porque a negligência é morte, na palavra do Mestre Sanat Kumara”.

Posto isso, adiante-se que Sanat Kumara é um Planetário de Ronda, logo, ficando circunscrito ao Kalpa ou Revolução Planetária, e não ao Maha-Kalpa do período de 7 Revoluções ou Rondas do Globo.

Quem dirigiu a passada terceira Ronda Lunar desta quarta Cadeia Terrestre não foi Sanat, o quarto Kumara, mas o terceiro Kumara (confundido com ele devido à má interpretação tanto das escrituras sagradas védicas como dos sagrados ensinamentos do Professor Henrique José de Souza, que “não dava nada de bandeja – dizia amiúde – para não contrariar os esforços da verdadeira Iniciação do discípulo”): Dwapara Kumara, também chamado Kar-Kumara e Kara-Kumara.

Quem dirige a actual quarta Ronda Terrestre, sob a égide de Marte, é o quarto Kumara: Sanat Kumara, cujo veículo físico foi o de  Rigden-Djyepo, igualmente denominado Karma-Kumara, Kali-Kumara e depois Satya-Kumara, como homenagem de JHS ao Excelso Caprino, por já se encontrar no arco ascensional (Nivritti-Marga) da Evolução Planetária.

Quem dirigirá a futura quinta Ronda Venusiana desta Cadeia será o quinto Kumara de Projecção e em Projecção, com o nome de Ardha-Narisha-Kumara, também chamado Karama-Mara, Maya-Mara e Sanat-Berum, cujo veículo físico é o de São Germano (Berum) ao lado do de Lorenza (Mara).

Daí ser proferido na Yoga Universal: “Saúdo o quinto Maharaja em formação através do quinto Kumara de Projecção, com o nome de Ardha-Narisha-Kumara”.

Por seu turno, para não contornar coisa alguma e a dúvida dissipar-se de vez, o Venerável Mestre JHS deixou escrito no capítulo XXIII do seu Livro Síntese:

“Um certo Raio (Princípio) de Sanat-Kumara espiritualizou (animou) a Pradyumna, filho de Krishna, durante o período do Mahabharata, enquanto o próprio Sanat-Kumara instruía espiritualmente o próprio Rei Dhritarasthra.

“Convém recordar que Sanat-Kumara goza de juventude perpétua (cuidado com a “letra que mata”!…), e como um “eterno Adolescente” de 16 anos (lâmina 16 do Tarot) mora em Jnana-Loka (o Céu dos deuses desencarnados, a Residência dos Kumaras), esfera peculiar do seu estado espiritual actual.

“Senhor ou “Rei dos Três Mundos” – das Três Gunas – através dos Sete estados de Consciência, é a Síntese de todos os Raios (Princípios), e como tal tanto podia animar ao Rei Dhritarasthra como a Pradyumna, filho de Krishna (deve-se comparar tudo isto com o “Espírito Planetário da Ronda”).”

Remato tudo o dito com um texto precioso respigado de um Livro Jina depositado na Biblioteca do Mundo de Duat – o Livro Chandra-Bhaga-Vishnu, Secção III, Cod. 22, Carmo de Minas – com que brindo o respeitável leitor, deixando-o à sua meditação:

“Não estudes sem ler. Não aspires o perfume das flores sem o sentires na cabeça e no coração. Teus ouvidos devem estar abertos aos menores ruídos na Natureza, para que possas aperceber as tuas próprias necessidades espirituais, postadas naquela mesma cabeça e naquele mesmo coração. Não comas sem degustares, para não comeres aquilo que te possa fazer mal, ao mesmo tempo, ao Corpo, à Alma e ao Espírito. Do mesmo modo, não deves pronunciar coisa alguma que possa envergonhar essas Três Vestes que cobrem teu verdadeiro Corpo, que é o da tua Consciência Imortal. Olhando para o Céu verifica se as estrelas estão paradas ou tremeluzentes, procurando – elas mesmas – perscrutar os anseios da tua Mente e do teu Coração.”

Em contraste flagrante com tudo isso, há uns tempos atrás li num artigo publicado na revista oficial – Portugal Teosófico – da Sociedade Teosófica de Portugal, representante no país da S. T. de Adyar, Índia, algumas manifestações de aborrecimento do seu subscritor vindo resultar em imprecisões as quais, apresentadas como estão, acabam conflituando em contradição com os próprios três objectivos gerais da S. T., que são:

1. Formar um núcleo de Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raças, sexo, casta ou cor.

2. Promover o estudo comparativo das Religiões, Filosofias e Ciências.

3. Investigar as Leis inexplicadas da Natureza e os poderes latentes no Homem.

O autor desse artigo escreveu: “O desenvolvimento para o serviço da Humanidade, por um correcto despertar da Força das suas qualidades Espirituais e Divinas, segundo uma directriz científica universal, que leve à Fraternidade, é a prática da ST. Muitos MST (“Membros Sociedade Teosófica”) incapazes de serem fiéis aos princípios, saíram da ST – Steiner, JHS, Alice Bailey, etc., mas devem ser lidos se disseram alguns factos de valor. (…) Os dissidentes, esta-vam inadaptados ao perfil da ST. A manter íntegro!” Adiantando mais à frente: “O referencial da Teosofia é HPB – Mestres e a Sofia “religiosa”. Não é JHS, Alice Bailey, etc., nem eu próprio, se viesse a cometer os graves erros de Sofia e de honorabilidade deles. (…) Tudo passa por uma selecção rigorosa do que está bem apoiado, em Sofia, e do que não está, oriundo de fontes dissidentes, falsas e alienantes, à luz do ensino documentado dos Mestres, que transmitiram a Teosofia Científica, não “revelações”. Esperamos que ser MSTP (“Membro Sociedade Teosófica de Portugal”) seja sinónimo de alguém íntegro, de discernimento e saber compassivo, exemplares.”

O exclusivismo conservador, a limitação do senso teosófico ao considerando de um único personagem que, aliás, não conheceu nenhum dos eminentes autores que cita e por que motivo eles se arredaram da sociedade de teosofismo mas se mantiveram teósofos no espiritual, ou seja, no espírito da Sabedoria Divina que é a própria Teosofia, acaba contrastando com o seu valor intelectual demonstrado em vários outros artigos da sua lavra, dispondo-o como um dos mais esclarecidos da Sociedade Teosófica de Portugal.

Apesar se comparar a um Henrique José de Souza, a um Rudolf Steiner, etc., cabe-me adiantar algumas palavras explicativas sobre o assunto trazido a liça pelo ilustre membro da Sociedade Teosófica de Portugal, desconhecedor do conteúdo das “falsas e alienantes revelações” de JHS, do significado esotérico dessa sigla JHS, e igualmente de quem foram os seus Arautos, dentre os quais a própria Helena P. Blavatsky também o anunciou na primeira edição (1888) de A Doutrina Secreta, conforme se lê na Introdução do seu volume I:

“No século XX, um Discípulo muito mais informado, e com qualidades muito mais superiores, será enviado pelos Mestres de Sabedoria para dar as provas definitivas e irrefutáveis da existência da Sabedoria Secreta, chamada Gupta Vidya.”

Todas as provas espirituais, mentais, psíquicas e físicas que deu ao longo da sua vida, deixando Obra Teosófica ímpar, assinalam esse Discípulo ser o próprio Henrique José de Souza. Aliás, H.P.B. acrescentou ainda que tal Discípulo viria das margens do Nilo para o Extremo Ocidente, nesse caso, o Brasil. E em São Salvador da Bahia ele nasceu em 15.9.1883, tendo os Mestres de Sabedoria, nas cartas que lhe enviaram por fenómeno de materialização, sobretudo a partir de 1916, o denominado Discípulo Pithis, oriundo da Fraternidade Secreta de Kaleb, no Deserto da Líbia, como Subposto do Posto Representativo do Cairo, no Egipto.

JHS é a sigla com que sempre se distinguiram os Avataras em todos os tempos, desde os menores aos maiores, para todo o efeito, expressões directas da Divindade manifestada no seu Tríplice Aspecto, no que se tem o Mistério da Divina Encarnação, como seja:

É, pois, sigla indicadora dos atributos universais das Três Hipóstases do Logos Único agindo pelo veículo físico de uma alma encarnada que, desde há muitas reencarnações, vinha sendo especial e ininterruptamente preparada até ao momento de assumir-se conscientemente JHS. Isto equivale à União consciente do princípio psicomental ao Princípio Espiritual, e vice-versa, fixando o elo luminoso ou anthakarana entre ambos, no que consiste a Metástase integral.

Tal como aconteceu a Yeseus Krishna, o Maha-Deva, a Gotama Sakya Muni, o Budha, a Jeoshua Ben Pandira, o Cristo, etc., o mesmo sucedeu a Henrique José de Souza ao ser avatarizado em 28 de Abril de 1928 (“Dia da Vinda Definitiva do Mestre” ou da Metástase do Cristo Interno de Henrique ao Cristo Universal) pelo Raio Divino do Luzeiro Akbel, de nome aghartino Rigden-Khotan e assírio-babilónico Ak-Anu-Bel. Então, o Mestre Universal vibrou e falou pela boca do Eleito:

“Venho para fazer cumprir a Lei, embora Me não compreendam aqueles que dela se acham afastados!

“Abrirei um sulco de lágrimas qual rio fluente banhando toda a superfície do Globo, cujo murmúrio é o eco ou súplica plangente partida da “Grande Dor Humana”, mas que, dia virá, pelo metabolismo universal do Amor, da Verdade e da Justiça, através do Sacrifício e da Renúncia, transformar-se-á em um “lago imenso coberto de Lotos erguidos ao Sol”, em adoração à mais bela e elevada dessas flores simbólicas, pela sua alvura e beleza incomparáveis!

“Meus tesouros materiais? Jazem no esquecimento do Passado, ou antes, através das múltiplas gerações que se foram! Hoje tais tesouros serão vossos… porque, mendigos que somos dessa dor imensa de que sofre o mundo, nenhuns tesouros nem glórias podem existir comparáveis à sublime e eterna Morada dos Budhas, como Lugar daqueles que a tudo renunciaram menos ao seu grande Amor pela Humanidade!

“Abençoados sejais, ó Filhos meus amados, em Nome de meu Pai, para que as vossas pegadas impressas na Vereda dos Seres de Compaixão possam servir de rumo certo aos que ousarem seguir a Luz alvinitente e bendita, que as vossas almas desprenderão na Grande Jornada até aos pés do Grande Senhor a quem estamos servindo!

“Lux benedicta est in Coeli et in Terris! Occulus meus viderunt! Veni, vidi, vincit!

Com muita propriedade, o esoterista Paulo Cardoso Nunes no seu estudo Expectativa para o Advento de Maitreya, publicado em São Lourenço (MG) em 2004, adianta que mesmo se humanizando o Avatara, ou seja, a manifestação cíclica do Espírito de Verdade, não se limita apenas ao Plano Físico, pois utiliza nos diversos Planos da Manifestação o que se denomina de Vestes Privilegiadas (graças a milhares de anos de evolução consecutiva, repito, portanto, pelo esforço próprio, já que ninguém evolui por alguém, nem mesmo a Divindade). Pelo que, segundo esse autor:

Avatara – É a Essência Divina que, através das suas manifestações em diferentes épocas, promove meios para que a Humanidade transforme o seu Karma negativo em positivo, alcançando a Superação, isto é, o equilíbrio entre os seus três Corpos Físico, Psicomental e Espiritual. Daí Ele, o Avatara, agir nos respectivos três Mundos do Universo: o Físico, o Psicomental e o Espiritual.

Tomando como base o exemplo da vida esotérica do Venerável Mestre JHS, só conhecido do mundo profano como Henrique José de Souza, poderei adiantar o seguinte em correlação com o igual do Avatara:

Espiritual – É quando se fala em Eterno, Espírito de Verdade, o Avatara Total no Plano da Luz = o Deus-Deus, AKBEL.

Psicomental – É quando se refere a esse mesmo Avatara Parcial no Plano do Tempo = o Homem-Deus, JHS.

Físico – É aquele Avatara Momentâneo que está no Plano ou Dimensão do Espaço = o Deus-Homem Henrique, ou HJS.

Sendo Maitreya o Senhor das “Três Vestes” ou Trikaya, que se repartem interligadas pelos Mundos Espiritual, Psicomental e Físico, originados de uma “Coisa Única” que é a Essência Absoluta do Pai Eterno em quem o Filho é, então é verdade que a maravilhosa expressão do Amor-Sabedoria Universal, o Divino Maitreya, Filho da Terra ou Eva mas de há muito tempo tendo superado a esta, que:

Em Shamballah – utiliza a Veste Espiritual (o Absoluto no Terceiro Trono);

Em Agharta – utiliza a Veste Mental (o Primeiro Trono no Terceiro Trono);

Em Duat – utiliza a Veste Emocional (o Segundo Trono no Terceiro Trono);

Em Badagas – utiliza a Veste Vital (o Terceiro Trono no Terceiro Trono);

Na Face da Terra – utiliza a Veste Física (o Terceiro Trono no Absoluto).

Por esse motivo, Paulo Cardoso Nunes estava certo quando escreveu que “a Essência permanece a mesma, desde Shamballah à Face da Terra”. Sim, porque o que diverge são as frequências vibratórias das vestes, mas não a imutabilidade da prima Essência que as anima.

Essa Essência Única lampejando como Chama Crística no imo de cada ser vivente (e quando no mínimo três quartos da Humanidade apelarem ao Cristo Universal não por ansiedade aflitiva mas por necessidade cooperativa, não duvido que então Ele advenha finalmente sobre a Terra, por haverem condições propícias e os homens O reconhecerem de imediato por O terem despertado primeiro em seu peito), externamente assim se apresenta (ao contrário do apresentado por Paulo Cardoso no seu estudo):

Os nomes bem portugueses da Divindade Única são-no assim por decreto do próprio Akbel, certamente de maneira a vincar ainda mais a predominância do Ciclo do Ocidente sobre o do Oriente, o Ecce Occidens Lux sobre o Ex Oriens Umbra, como seja o Ciclo do V Império Espiritual, como Sistema Universal em projecção ou formação, sobre o Ciclo do IV Império Adâmico ou Hominal, como 4.º Reino de Atlasbel, o Luzeiro do 4.º Globo da presente 4.ª Cadeia.

Ademais, Maitreya é nome tipicamente sânscrito inscrito nos Vedas e nos Puranas, sobretudo no Vishnu-Purana, que são literatura religiosa do Hinduísmo, alguma com cerca de 8.000 anos, e o  qual nome Helena Blavatsky divulgou ao Ocidente em A Doutrina Secreta, tendo depois Charles Leadbeater e Alice Bailey o popularizado nos meios teosofistas, mas que Henrique José de Souza enquadrou ressalvando sempre tratar-se do Cristo Universal, o Emmanuel assim reconhecido no Ocidente, tanto na Igreja como na Maçonaria. Não se trata, pois, de um cidadão vulgar nem de um “vulgar” Espírito Superior, mas da própria expressão Amor-Sabedoria da Divindade em quem “tudo e todos somos”, parafraseando Santo Agostinho.

Bem sei que muita gente crédula e impúbere aguardou o Seu Advento na data cíclica de 28 de Setembro de 2005, acreditando Ele advir só para ela, no esquecimento ou na ignorância de que Maitreya é o Supremo Instrutor do Mundo, de homens e de anjos, é o Salvador das Vidas de todos e não de só uns quantos privilegiados, mitomania apocalíptica afim a identidades nacionalistas jovens. E a advir acredito que não será por Portugal, nem pelo Brasil e nem por qualquer outro país, porque tal daria conotação nacional, limitada, ao que é universal, ilimitado. Creio que advirá pelo Monte Meru, isto é, pelo Pólo Norte, ponto de entrada do Tubo Cósmico na Terra repleto de Fohat, a Electricidade Cósmica. Por tudo isso, quando perguntavam ao Professor Henrique José de Souza “como iria Maitreya actuar na Sociedade Teosófica Brasileira?”, ele respondia invariavelmente o mesmo: “Mas Maitreya irá querer saber da S.T.B. para alguma coisa?”. Sim, porque acredito Ele advir para toda a Humanidade, incluindo os Reinos Sub-humanos, e que quando advir tudo quanto é vida, energia e consciência se alterará positivamente na Face da Terra. Se foi assim com Krishna, Budha, Cristo e outros mais Avataras do Passado, por que não haverá de o ser com Aquele do Futuro?

Voltado a JHS – HPB, segundo o Livro das Vidas (O Mistério da Árvore Genealógica dos Kabires), escrito pelo mesmo JHS em 1933, e esta é uma Revelação, Henrique José de Souza é o 1.º Sub-Aspecto da Linha Construtiva Serapis Bey, sendo o 4.º Sub-Aspecto precisamente a mesma Helena Petrovna Blavatsky, essa que é a 7.ª Linha do Novo Pramantha afim aos Construtores do Edifício Espiritual e Físico do Género Humano, dos Atikarmas ou “Ausentes de Karma”, ligando /desligando os Ternários Superior/Inferior da Natureza Universal preenchendo os da Humanidade.

Henrique José de Souza, muito antes de fundar a Sociedade Teosófica Brasileira em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, no dia 8 de Maio de 1928, já havia participado, em 1914, na fundação da Loja Teosófica Alcione – Rama da S.T. de Adyar – que foi das primeiras no Brasil. Fundaria depois Samyama – Sociedade Mental-Espiritualista (1916) e Dhâranâ – Sociedade Cultural-Espiritualista (domingo, 10 de Agosto de 1924) que iria ser absorvida pela S.T.B. que durou toda a vida do Professor Henrique e uns poucos anos mais após a sua morte em 1963, até 1969, quando então tomou novo nome, novo regimento e estatutos, e com isso novas directrizes, portanto, sendo uma organização nova saída da iniciativa do filho primogénito do segundo casamento de Henrique José de Souza com Helena Jefferson de Souza.

Ora, desde o período de 1883 a 1900, a Excelsa Fraternidade Branca realizou, juntamente com a sua Secção ou Rama Oculta de São Salvador da Bahia, um movimento preparatório destinado a facilitar a acção no século seguinte do novo JHS. A Instituição fundada por Blavatsky  em 1875 em New York, Norte-América, invés de ter servido de receptáculo às Forças provindas da Europa  para as projectar no Sul-América, foi obrigada a retroceder para a Índia, para Adyar, assim adiando a sua Missão, tanto mais que o ciclo do Oriente estava praticamente esgotado, o que se concretizou em 1924. Contudo, ficaram estrategicamente espalhados no Mundo vários elementos notáveis destinados a prosseguir o Trabalho iniciado por HPB, tendo eles – ao todo sete Seres ou Consciências individualizadas – saído da Fraternidade de Kaleb, destinados a preparar a Obra Divina no plano social, portanto, sendo os sete Yokanans de JHS. A maioria deles, todavia, não entendeu a nobre Missão que lhes fora confiada, excepto os primeiro, segundo e quinto Arautos. São eles:

1 – HONORATO JOSÉ DE SOUZA – Missão de Arauto da Obra Divina no Norte-Centro do Brasil.

2 – HERCÍLIA GONÇALVES – Missão de Arauta da Obra Divina no Centro-Sul do Brasil.

3 – WELLER VAN HOOK – Missão de Arauto da Obra Divina no Norte-América.

4 – RUDOLF STEINER – Missão de Arauto da Obra Divina na Europa Teuto-Anglo-Saxónica.

5 – MÁRIO ROSO DE LUNA – Missão de Arauto da Obra Divina na Península Ibérica e no Norte de África.

6 – FERDINAND OSSENDOWSKY – Missão de Arauto da Obra Divina na Europa Eslava e na Ásia Central.

7 – JINARAJADASA – Missão de Arauto da Obra Divina na Índia e no Japão, extensiva à Oceania.

Todos eles com obra e valor magistrais, digníssimos merecendo o maior respeito e admiração, mas maioritariamente arredados da Missão por que vieram ao Mundo, contudo, tendo abandonado as fileiras sociais da Sociedade Teosófica de Adyar (excepto o último) pós-morte de Blavatsky, a fim de disseminar mundialmente o pensamento iluminado da Mestra e anunciar o Novo Avatara. Mas, repito: maioritariamente perderam-se a meio das suas missões, tendo o último recolhido, ou antes, retrocedido ao redil de Adyar.

Esses sete Arautos tinham a Missão de criar os seus núcleos e tornar-se líderes dos mesmos ante a Humanidade. Quando surgisse JHS com a sua Obra, no Brasil, eles abonariam o Grande Senhor Akbel. O Projecto do Logos Planetário seria assim executado normalmente, sem cismas. Apesar de possuírem, talvez, só um por cento da Consciência dos Dhyanis-Budhas, mesmo assim realizariam esse Trabalho Avatárico de maneira sublime. Mas devido à força centrípeta da personalidade encarnada, quase tudo quanto foi lançado sobre a Face da Terra falhou, e por isso “a nossa Obra é uma colcha de retalhos monádicos”, suspirava JHS. Convém ainda observar que acompanhando o Mestre, nasceram vários Génios em várias partes do Mundo, destinados principalmente à área da Educação, esta que está, só por «acaso», no Departamento do Bodhisattva Maitreya, o Supremo Instrutor Mundial de homens e anjos.

De facto, de 1850 a 1900 surgiu na Face da Terra uma série de Génios, para não dizer Jinas, ocupando todos os sectores da actividade humana, modificando totalmente o modo de pesquisar as ciências positivas e, inclusive, realizando tentativas para modificar os aspectos social e económico do Mundo. Houve, com efeito, a transformação dos acontecimentos para que, no próximo Avatara Integral, haja a superação e a metástase dos ciclos e das consciências. Enfim, trata-se da realização da sublime trilogia JHS.

Tudo isso sob a direcção do Governo Oculto do Mundo (G.O.M.) que não está instalado exclusivamente na Ásia profunda mas localiza-do estrategicamente em todo o Globo, como aliás o reconhece Henry Steel Olcott nas Folhas de um Velho Diário (Primeira Série 1874-78):

“Fui discípulo da Secção Africana da Irmandade Oculta; porém, mais tarde fui transferido para a Secção Indiana e para outro grupo de Mestres. Pode, pois, afirmar-se que existe e sempre existiu por todo o Mundo uma Aliança altruísta, ou Fraternidade, destes Irmãos Maiores da Humanidade, porém, dividida em Secções de acordo com as necessidades da Raça Humana nos seus sucessivos estados de evolução. Numa determinada época, o centro focal desta Força auxiliadora da Humanidade estará num lugar; noutra época, estará num novo lugar. Invisível, insuspeitada como as correntes espirituais vivificadoras do Akasha, porém indispensável para o bem-estar espiritual da Humanidade, a sua Energia Divina combinada mantém-se de Idade em Idade e renova sempre o peregrino na Terra, que se esforça para a Realidade Divina. O céptico nega a existência destes Adeptos porque não os viu ou falou com eles, nem leu na História acerca da sua intromissão nos eventos nacionais. Porém, a sua existência tem sido conhecida por milhares de místicos e por filantropos de gerações sucessivas, cujas almas purificadas elevaram-se do esterco do físico à brilhantez da consciência espiritual; e em muitas épocas eles tiveram relações pessoais com pessoas dedicadas, ou tratando de dedicar-se, ao trabalho altruísta para conseguir a irmandade da Humanidade.”

Quanto ao sr. Curuppumullage Jinarajadasa (1875-1953), no próprio sobrenome, apesar de veladamente, está assinalada a sua origem e missão a cumprir: Jina-raja-dasa, o “Jina enviado pela Lei Real ou Verdadeira”. Deixou várias obras literárias de mérito e valor, das quais destaco os seus Fundamentos de Teosofia. Todavia, não soube passar além de Adyar e seguir o “Caminho Real Iluminado pelo Sol” (Nish-Tao-Ram) rumo a Niterói, Brasil, e ingressar nas fileiras daquele por quem viera ao mundo e disso parecia ter se esquecido, adiando a sua missão de Arauto.

Remeteu a Missão Espiritual do Brasil para um Futuro distante, aquando nele frutificar a 7.ª Sub-Raça da 5.ª Raça-Mãe actual, aparentando um total desconhecimento dessa Sub-Raça já estar aí em desenvolvimento desde 1500, com o início do ciclo Ibero-Ameríndio tendo Portugal à testa. Aliás, na sua conferência proferida em Lisboa na sede social da Sociedade Teosófica de Portugal, em 9 de Abril de 1934, revelou-se bastante infeliz quando nomeou três personagens para caracterizar o perfil do latino-americano: Dom Juan, Dom Quixote e Sancho Pança, ou seja, o volúpio, o quimérico e o servil. Deveria antes ter nomeado: São Francisco de Assis, Padre António Vieira e Henrique José de Souza, isto é, o Amor, o Futuro e a Realização.

Já o mesmo havia acontecido a Mário Roso de Luna quando, procurando o conselho de Annie Besant (1847-1933), então presidente mundial da Sociedade Teosófica de Adyar, acerca do que deveria dizer e fazer em vésperas das suas célebres “Conferências Teosóficas Sul-Americanas”, obteve a resposta breve e seca: Rien, rien, ou seja, “nada, nada”. Contudo, anos mais tarde, pressentindo a morte avizinhar-se, a mesma Annie Besant confessaria que era seu desejo na próxima reencarnação nascer no Brasil.

De volta ao supracitado autor português do artigo publicado na revista Portugal Teosófico, ele comete ainda algumas outras imprecisões no seu texto, nomeadamente quando refere Annie Wood Besant como a única educadora de Jiddu Krishnamurti (1895-1986), ostracizando por completo o nome e pessoa de Charles Webster Leadbeater (1854-1934), que foi quem primeiro descobriu a criança e lhe deu a primeira educação. Avança ainda que “Krishnamurti, já homem feito, martirizou e abandonou a sua mãe adoptiva, Annie Besant, tal como terá ostracizado e hostilizado a Teosofia” (devido às atitudes de Leadbeater e Jinarajadasa, como pretendem outros menos avisados e mais puritanos). Mas isso não é absolutamente verdade, apesar das controvérsias na época que são factos indesmentíveis.

Mesmo após separar-se da Sociedade Teosófica e dissolver a “Ordem da Estrela do Oriente”, Krishnamurti nunca rompeu as suas relações humanas com Leadbeater, muito menos deixou de visitar ou de escrever regularmente à sua “querida mãe”, Madame Besant. Esteve presente no seu leito de morte, ocorrida em Adyar no dia 20 de Setembro de 1933, com Leadbeater não lhe tendo sobrevivido mais de seis meses. Faleceu no dia 1 de Março de 1934, em Perth, na Austrália. Krishnamurti esteve presente nas exéquias fúnebres e assistiu à cerimónia de cremação do corpo.

Acerca do rompimento de relações teosóficas entre Krishnamurti e os seus tutores, o Professor Henrique José de Souza deixa o comentário seguinte no seu livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação:

“(…) A respeito do “messianismo religioso e extemporâneo” de Besant e Leadbeater, através do “divino rebelde” Joe Krishnamurti. “Divino rebelde”, sim, pois se revoltou contra a sua falta de liberdade de pensamento e de acção cerceada pelos seus dois referidos tutores e, como já havíamos prognosticado, desde o início de nossa Obra, dissolveu a “Ordem da Estrela” da qual o fizeram chefe (…). Muito bem, pois, Krishnaj, desde que “as almas rebeldes são as que se salvam”, como diz o oráculo zoroastrino.”

Quiseram fazer de Jiddu Krishnamurti um veículo destinado a avatara do Bodhisattva Maitreya, sem lhe pedirem autorização alguma (e, já agora, também ao próprio Maitreya, se elevação sobre-humana acaso possuíssem para tanto, mesmo sabendo que, por convencimento no caso sendo milenarista e messiânico, “cada colher é mestra no seu prato”, no dizer de Morya Rajput), esquecendo-se do mais óbvio: que em breve o infante seria adulto, e com isso sofreram a grande desilusão da sua recusa peremptória. Jiddu já tinha o seu caminho traçado desde há muito: o do Auto-Conhecimento e consequente Iluminação Interior, sem recurso a meios externos, o que colidia com os novos processos adoptados pela Sociedade Teosófica. Nisso Leadbeater e Besant pecaram por excesso de zelo, esquecendo-se de que todo o indivíduo é dotado de auto-vontade e auto-determinação, e esse foi o seu único pecado que em breve deu forma a crenças animistas de teor milenarista – que extravasaram para outros continentes – as quais são verdadeiramente contrárias a todo o Espírito Teosófico, como aliás respondeu o Dr. Mário Roso de Luna a um jornalista que o entrevistou na época:

“Nunca estive de acordo com a senhora Besant, em mais esse golpe de Estado desferido no clássico e crítico Livre-Pensamento da Sociedade de Adyar, cujo objectivo, afora o da Fraternidade Universal, é o do estudo comparado das religiões, ciências e filosofias, não a crença, e menos ainda a prática de religião alguma. O naturalista que disseca uma lagartixa, o faz sem adorá-la.”

O autor português do supracitado artigo associa, ainda, as 12 pétalas do Coração de Cristo (na verdade, são 14) aos “apóstolos de A. Besant” (!!!), esquecendo ou ignorando que esses finaram de maneira estranha deveras constrangedora, como o sr. George Arundale, falecido após longa e dolorosa enfermidade, ou o sr. Wedgwood, que enlouqueceu de maneira violenta e assim terminou os seus dias, etc. A causa provável: a tentativa de misturar a Presença Real do Cristo com estados personalísticos de anseios anímicos. Que Deus lhes seja farto, no Plano onde agora estão.

Por mais que me custem as palavras que se seguem, mesmo assim devo dar a palavra ao Professor Henrique José de Souza, na sua obra atrás citada:

“Outrossim, preces invocatórias (e não, evocatórias) para Cristo manifestar-se (descer, baixar, como se diz no mundo espírita) na pessoa de Joe Krishnamurti, inclusive, em Ommem, onde o número de fanáticos era enorme, especialmente do sexo feminino. O que se pode chamar de “anfiobiologia anímico-católico-liberal”, desde que o animismo (erradamente chamado “espiritismo”) aí prevalecia ao lado de uma religião aparentemente nova…

“E, assim, tais preces, que foram largamente espalhadas entre os místicos-devocionais-teosofismáticos, eram dedicadas, ora ao Cristo, ora a Maitreya, numa demonstração cabal de ignorância teosófica, a respeito de um termo que implica em grau, hierarquia, etc., a que qualquer indivíduo pode chegar, e nunca o nome de um Ser vindo ao mundo, a menos que – por essa mesma hierarquia, grau, categoria, etc. – todos eles possam ser chamados de “Cristos”, como de “Budas”.

Nada tendo a ver com a “Ordem da Távola Redonda” criada por C. W. Leadbeater, parecendo-me um segundo tomo extemporâneo do Mito Iniciático do Rei Artur e os seus 12 Cavaleiros, em que se inspirou (ou melhor, foi inspirada pelo mesmo C.W.L.) Annie Besant para a formação dos seus “doze apóstolos”, a epopeia medieval da Távola Redonda conta com 12 personagens principais em torno de toda a sua trama mais iniciática do que rocambolesca, esta aliás própria de toda a narrativa aventuresca mesmo que sendo alegórica ou simbólica. Tal como cada uma dessas personagens liga-se a um signo do Zodíaco, igualmente o coração divide-se em 12 segmentos, pétalas ou raios (mais 2 ocultos ou em formação), cada qual tendo a ver com uma das figuras principais da Grande Aventura, as quais disponho da maneira seguinte inspirado na Yoga do Chakra Cardíaco, da autoria do Venerável Mestre JHS:

Só quem possui as doze mais duas pétalas cardíacas (estas que na lenda se representam pelo Santo Graal e o Castelo do Santo Graal, expressados por Urano e Neptuno) desenvolvidas à máxima potência e patência, poderá possuir condição de servir de veículo físico da Consciência da Divindade, ou seja, ser um Avatara.

Voltando a fazer recurso do texto de Paulo Cardoso Nunes, Expectativa para o Advento de Maitreya, aparte a sua ilógica de pretender apresentar o Absoluto Divino absoluto humano no sentido mais vulgar do termo, silogismo inconciliável tanto como o singular perfeito não confere com o plural imperfeito, inventando-se “homens deuses” para sustentar uma mais que duvidosa fé por ser simples crença que, porventura passageira, se cinge a uns poucos diluídos no muito que é a Humanidade, dizia, o autor fala com grande precisão acerca da origem dos Avataras que se manifestam desde a 4.ª Raça-Mãe Atlante, pois que antes os Deuses ou Hierarquias Espirituais conviviam directamente com a Humanidade, tendo sido “os atlantes agraciados com um grande acontecimento de natureza cósmica (por determinação do Eterno Primeiro Logos): a manifestação do Manu Primordial ou Espírito de Verdade, em Forma Dual. (Que é dizer de forma correcta:) O Adam-Kadmon (Segundo Logos) manifestou-se como Adam-Heve (Terceiro Logos) ou os Gémeos Espirituais, e ficaram conhecidos com os tradicionais nomes de Mu-Iska e Mu-Ísis.

“A malignidade humana começou a crescer no seio da Raça, e, ao atingir o seu ponto máximo, acabou sacrificando Mu-Iska e Mu-Ísis, expressão dos Gémeos Espirituais (ou Deva-Pís; os comentários entre aspas são da minha autoria, VMA), o que levou o continente atlante à “Queda Evolucional” em todos os sentidos. Com a “Queda”, a Atlântida não concluiu o seu Ciclo Evolucional.

“O Eterno, como Lei bem certa (pois que esta é o Seu Pensamento decretado para determinado Ciclo, e como houveram vários Ciclos, logo também houveram várias Leis ou Princípios gerais para cada um deles: Decálogo de Moisés, Preceitos de Budha, Sermão da Montanha de Jesus, etc., até desfechar nos actuais 10 Mandamentos de Agharta, ou melhor, do Manu Primordial), destruiu a Atlântida. Agiu (através de uma forma humana privilegiada) como Face do Rigor ou Guerreira, a fim de salvar a sua Corte (de 111 Makaras e 777 Assuras em formas humanas) e os que (da restante Humanidade, ou Jivas) se mantiveram fiéis à Lei. Para isto, utilizou-se daquele Personagem que hoje conhecemos como o Cavaleiro das Idades – Krivatza (isto é, “O que traz o peito chagado”, como avatara humano daquele mesmo Cavaleiro) – O Escudeiro do Eterno, o que nos dá a convicção de que o Excelso Akdorge (ou Asgartock, em língua atlante ou aghartina) já vem desde aqueles longínquos tempos.

“A Humanidade tornou-se órfã dos Deuses, pois estes se ocultaram no interior da Terra. É a partir daí que se começa a ter notícias dos Mundos Interiores que, segundo o nosso Mestre (JHS), foram construídos pelos Serapis (isto é, “Seres Divinos”, Ser+Apis).

“A Evolução da Raça Humana deveria continuar através da Quinta Raça-Mãe (Ariana, a actual, com as suas 7 Sub-Raças, tal como as anteriores Atlante, Lemuriana, Hiperboreana e Polar), naturalmente obedecendo aos preceitos divinos e ao Plano Geral da Evolução. O Senhor do Sexto Raio – Akbel – assumiu com o Eterno o compromisso de recuperar e redimir as Hierarquias (a sua própria e a Humana) – os Deuses caídos na Atlântida. E o processo adoptado, a partir de então, para que a Humanidade não ficasse totalmente órfã dos Deuses, foi o da Manifestação Cíclica da Divindade na Face da Terra, ou seja, através de Avatarizações.”

É assim, por estes métodos didácticos de ensino e aplicação, que os Munindras da Família Espiritual JHS concorrem para a integração na Família Espiritual Maitreya, nisto, sim, por via da mesma Integração em Si e no Todo entram verdadeiramente os factores transmissão hereditária (Família Espiritual, assim o sendo pelos seus próprios esforços, plenamente integrada na ambiência físico-psicomental do respectivo Mestre, esteja ou não presente em corpo físico) e transmissão iniciática (Revelações Esotéricas à mesma Família), chegam a tornar-se mais que os próprios Deuses,  que recebem deles conhecimentos recolhidos de experiências jamais realizadas no Universo, que de outra forma nunca as teriam usufruído, pois todos eles nunca desceram mais baixo que o Plano Etérico (Assuras = Plano Mental Concreto; Agnisvattas = Plano Astral; Barishads = Plano Etérico), nem tal  lhes seria possível tanto por ausência de matéria física densa nas Cadeias em que evoluíram e nos Planos em que estão, como, em consequência, pela natural incapacidade de criar veículos com os mesmos materiais do Plano Físico.

Certamente por isso, o vate Fernando Pessoa afirmou um tanto prosaicamente, ainda que certeiro: “Os Deuses, fá-los o Homem”…

Posto tudo, acreditando ter usado da crítica construtiva e desprezado a censura destrutiva, transmitindo verdadeiro esclarecimento teosófico, sem malícias nem apelos a escândalos estéreis, lembro ainda que sendo tão poucos devemos estar todos unidos, agindo pela palavra e pelo exemplo, animando o espírito de concórdia e tolerância para com outras modalidades de crer, ser e estar, para que realmente sejamos aceites guias mentais da Humanidade, hoje tão carente de Paz, de Felicidade e de Progresso verdadeiros.